Popularmente chamada de vitamina do sol, a vitamina D é conhecida por ser essencial à preservação óssea e ao metabolismo do cálcio. No entanto, seus benefícios se estendem para outras partes do corpo. Ela atua no sistema imunológico, tem relação com o tecido adiposo e também com o desenvolvimento muscular e cerebral das crianças.
Ela pode ser obtida por meio de alimentos como ovos e peixes, como o salmão, atum e sardinha; porém, para que seja, de fato, sintetizada e ativada pelo organismo, a criança precisa da exposição solar, nos horários indicados como mais seguros – antes das 10hs e após às 16hs, quando os raios UVA e UVB apresentam menor intensidade.
A Dra. Fernanda Luisa Ceragioli Oliveira, membro do Departamento de Nutrição da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), alerta para os riscos que a falta da substância pode trazer ao organismo infantil: “A resposta imune da criança ficará mais baixa, aumentando as chances de desenvolver infecções e processos inflamatórios. Porém, uma das doenças causadas pela sua deficiência que merece mais atenção dos pais é o raquitismo”.
De acordo com a especialista, a condição fragiliza os ossos e afeta o desenvolvimento do esqueleto, o que pode causar graves deformidades ósseas. É preciso um cuidado especial, pois, se não for tratada corretamente, as mutações geradas na infância podem manter-se no estágio adulto.
Até os 2 anos de idade, os pequenos podem obter a vitamina D por meio do leite materno – caso seja necessário, o pediatra pode indicar doses de suplementação. “É internacionalmente preconizado que as crianças menores de um ano recebam suplementação de 400 UI/dia, enquanto as que têm entre um e dois anos devem receber 600 UI/dia”, afirma a Dra. Fernanda.
Os pais também devem ficar atentos à obesidade infantil, pois, além de desencadear uma série de problemas graves, boa parte desta vitamina fica retida na gordura corporal, o que prejudica os seus níveis no organismo.
É muito importante que os pequenos sejam expostos ao sol de 10 a 20 minutos por dia – exceto nos horários de pico, quando o sol é prejudicial à pele que, nesta época da vida, é extremamente sensível. “Mesmo com protetor solar, a criança consegue obter a ativação da vitamina D. Não recomendamos a exposição solar ao meio dia, prefira os primeiros raios da manhã e no final da tarde”, explica a pediatra.
Fonte: Pediatra Orienta